quinta-feira, 19 de junho de 2014

Mãe

Então ouço a sua voz
mais uma vez
e de novo

é sempre um alerta,
é sempre um chamado,
é sempre um lembrete,

Você não presta,
Você não vale nada!

Então vc me fere,
e mesmo assim continuo,
com muitas magoas e lagrimas

Seguindo em frente,
Avante,
Um passo de cada vez.

Alguns gritam:
- Cantara vitoria quando mostrar que é diferente!

Mas a verdade é que não existe vitoria,
não se vence uma guerra onde não há,
Não se planta amor em coração seco,
Só existe sua amargura,
E nela eu cresci

E como tive esperenças de achar,
uma palavra de carinho,
um abraço sincero,
ou um afago na cabeça.

Se um dia provar que estou certa,
Nunca ganharei um pedido de desculpas
E nada tira a mácula feita.

Então porvar que sou algo não ajuda em nada por que pra você
sempre serei bosta, sempre serei a culpa da sua dor,
E um dia baterei a porta e nunca mais vc me verá.
Levarei comigo toda dor e despeito.
De ser filha e não ser amada.




quinta-feira, 26 de setembro de 2013

homicidio

vontade de matar!
quem?
eu!

sim eu sei, mas quem?
eu!

quem mata, mata algo!
então!

então o que?
eu quero matar essa vontade,
matar o que me mata
eu quero praticar um homicido...

quem vc vai matar, afinal?

Eu!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Certeza incerta

ele não sabe que
paso o dia esperando falar
um simples oi!

ele não sabe
passo o dia contando os minutos
e cada minuto em atraso
é um simples choro!

ele não sabe que
quando passo o dia e não falo
é um simples abandono!

ele não sabe
quando o desapego chega
é um simples esquecimento da sua existencia!

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Apenas

Sem palavras,
Muda!
Com os olhos,
Chora!

A dor que não finda...
Aguda...
Persistente....
Continua em busca

Para não encontrar
O que mais reconforta
E me envolva com paciencia
Até que a ultima gota caia












.... apenas um abraço....


segunda-feira, 17 de junho de 2013

Testando a liberdade de expressão

Em três, dois, um!

14 foi o primeira guerra.
29 foi o ano da depressão,
39 começou a segunda...

e as pessoas morrendo,
revolucionando!

É bolchevista!

É imperialista!

Mas uma coisa é certa:

A grande maioria continua, comendo, transando e cagando!

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Por que sou

Sou efêmera,
Da alegria feito bolha de sabão,
Uma gota de chuva no oceano,
Feita de pó

Procuro a voz que cante
os  mais doces prazeres,
com as delicadezas singelas da vida
simples...

Uma rede,
Nó de coisas,
Emaranhado,
Reta!

Sem saber por onde
Nem qual esquina
para  encontrar...

domingo, 21 de abril de 2013

Receita do Cotidiano

Receita do Cotidiano,

Espete o coração
Arranque a carne com os dentes
Não ligue para o sangue escorrendo pela boca

Torça dois metros de intestino
Esprema o conteúdo para fora
Trance-os e, no final, amarre-os decididamente

Lubrifique os neurônios com a língua
Lamba os lóbulos, depois massageie com os dedos
Cuidado para não deixar o conteúdo cair para fora

Fure, cuidadosamente, a traqueia
Entre seis a oito furos
Coloque dois copos d'água através deles
Verifique o borbulhar dela no pulmão fervilhante

Roa antebraços, braços e pulsos
Não tema os dentes deslizarem pelos ossos

Verifique a consistência dessas peças

As pernas, ofereça aos chacais

Uma vez preparado o prato
Deixe-o sobre o asfalto de duas a quatro horas
Dê preferência para o período entre onze e quinze horas

Assim está o prato pronto, pelo cotidiano